24 de março, antes da celebração de mais um aniversário do último golpe militar, enquanto a Praça de Maio ficava lotada pelas Mães, agora aliadas do governo, em conluio com vários setores peronistas - e a esquerda preparava a habitual procissão no Congresso - um grupo de companheiros e companheiras anarquistas decidiu fugir da lógica de rebanho e de lugares comuns para mostrar um suposto descontentamento e deixar claro que, tanto em democracia como em ditadura, o inimigo a destruir é a dominação, entre a mesma espécie e da espécie sobre a natureza.
Assim que soaram às três e meia da tarde, atacamos a igreja situada entre Callao e Tucuman, em pleno centro de Buenos Aires, com bombas de tinta, pedras e instalação de barricadas com pneus em chamas e outras coisas encontradas por ali.
No local ficou pendurada uma faixa com a inscrição bem visível: "Nem Ditadura, Nem Democracia, Viva a Anarquia!"
Tudo isto durou menos de 10 minutos. Quando a polícia chegou, e para surpresa daqueles idiotas, o/as companheiros/as já tinham se dispersado sem qualquer problema, felizes por manter viva a chama de tantos combatentes que fizeram da subversão a sua práxis diária.
Não queremos perder esta oportunidade para saudar todos/as o/as companheiros/as, prisioneiro/as em diferentes regiões do mundo, aqui ao Diego, à Galle, ao Leandro, e a tantos outro/as mais… ao Freddy Fuentevilla e ao Marcelo Villarroel, agora seqüestrados pelo Estado chileno, a todos/as presos/as em guerra e aos que, dia a dia, nas ruas fazem pagar caro ao inimigo com todos os meios ao seu alcance.
Em vingança por Mabel Guerra, assassinada por um prefeito na Villa 31, por Luciano Arruga, desaparecido após ser preso e torturado na delegacia de polícia em Lomas del Mirador, por Luciano Gonzales, desaparecido após a repressão em Corcovado, em memória do companheiro Lambros Fountas, morto em combate com a polícia grega, pelo companheiro Mauricio Morales e ao companheiro Diego Rios, em fuga insurgente, ludibriando as autoridades chilenas.
Solidariedade com os presos em greve de fome na unidade de La Plata!
Pela destruição do Estado, dos seus defensores e dos seus falsos críticos!
Contra a democracia, contra a ditadura, pela anarquia, pela liberdade!
Importante: Não escolhemos a igreja como alvo para ser atacar pelo simples fato do “apoio ao golpe militar", mas porque é mais uma entidade a destruir, uma entidade que transcende as formas de governo que existem num determinado momento.
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
um gato no telhado
para os pardais novos
que alvoroço!
Rogério Martins
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