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13 de ago. de 2008

[AÇÃO] Nem prostitutas, nem submissas

"Nem prostitutas, nem submissas"
por Hugo Souza

desce1lead.wordpress.com

Na abertura do II Congresso Feminista Português, as primeiras palavras foram ditas pela jurista e escritora lusitana Elina Guimarães:

“Convencidas como nós estamos -- e é nesta profunda convicção que se baseia a nossa doutrina -- de que o homem e a mulher são equivalentes, como poderíamos, sem grave contradição, ter como ideal copiar o homem? Imitar alguém é reconhecer a sua superioridade. E a superioridade global do sexo masculino sobre o feminino não a reconhecemos nós. Uma verdadeira feminista não pode pensar em masculinizar-se porque se orgulha de ser mulher. Mas, para nós, ser verdadeiramente mulher não é, como para muitos, ocupar-se apenas de frivolidades, de bagatelas, ou então não ter no mundo senão a preocupação da rotina doméstica. Repudiamos tanto a boneca fútil como a serva embrutecida”.

Pode soar estranho o fato de uma reconhecida feminista precisar, antes de mais nada, deixar bem claro em um congresso como este algumas certezas que hoje estão, ou deveriam estar tão bem enraizadas no mundo moderno.

No entanto, a estranheza dá lugar à admiração quando se toma conhecimento de que o discurso de Elina Guimarães, que faleceu em 1991, foi feito em 1928 diante de uma platéia de respeitáveis senhoras d'além mar, integrantes de uma sociedade portuguesa profundamente marcada pelo arcaísmo patriarcal -- é assim ainda hoje; na época, nem se fala.

Sim, naquela época ainda era preciso que se fizesse ouvir algumas coisas que hoje soam como verdades auto-evidentes, que não precisam elas mesmas de explicação, e muito menos de discursos de abertura elucidativos. Assim, em 1928, o movimento feminista ainda tinha pela frente o árduo trabalho de convencer os homens e as próprias mulheres de que eles não são pessoas superiores a elas. Na época, ainda era preciso dizer ao mundo, com todas as letras, que a intenção do feminismo não era simplesmente imitar os homens.

Em suma: uma mulher ainda tinha que se esforçar, resistir, explicar muito para não ser vista ou como “boneca fútil”, ou como “serva embrutecida”.

Oitenta anos depois do célebre discurso da portuguesa Elina Guimarães, talvez cause perplexidade constatar que as preocupações do feminismo atual ainda passam pela luta contra estes dois estereótipos, apesar de ambos serem combatidos atualmente de forma, digamos, mais incisiva. Ontem, as mulheres não queriam ser entendidas nem como bonecas, nem como servas. Hoje, batem-se contra a idéia de serem tidas ou como prostitutas, ou como submissas.

“Nem prostitutas, nem submissas”. Eis uma expressão que demonstra a atualidade de velhas reivindicações de todas as mulheres, mas que também é o nome de um movimento nascido na França que simboliza como nenhum outro os caminhos do feminismo praticado nos dias de hoje.

O grupo “Nem prostitutas, nem submissas” surgiu em 2002, após a morte de Sohane, uma francesa muçulmana de 17 anos queimada viva nos arredores de Paris por um rapaz de um bairro vizinho. O movimento, liderado pela francesa de origem argelina Fadela Amara, surgiu como uma reação ao machismo e à violência masculina nos subúrbios franceses.

Isto por um lado. Por outro, as integrantes do “Nem prostitutas, nem submissas” fazem questão de ressaltar o caráter laico e republicano das bandeiras que hasteiam, lembrando sempre que entre suas maiores reivindicações está o fim da opressão às mulheres no âmbito do Islã.

Além disto, exigem que os direitos de que gozam as francesas em geral sejam estendidos também às mulheres que vivem nos banlieues -- os subúrbios de Paris habitados pelos imigrantes e seus descendentes, volta e meia palco de violentos protestos da juventude contra a discriminação e a violência policial.

No manifesto do grupo, dedica-se especial atenção ao que elas entendem como uma degradação tanto dos laços sociais quanto das relações entre homens e mulheres nos dias de hoje. Em fevereiro de 2003, Fadela Amara e as “Nem prostitutas, nem submissas” lideraram uma grande passeata em Paris com o sugestivo nome de “Marcha das mulheres contra os guetos e pela igualdade”.

É o feminismo atual indo fundo nas grandes questões que ora se impõem, mas também agindo segundo a compreensão de que a essência e a história de sua luta pela emancipação da mulher são indissociáveis dos problemas econômicos e sociais que permeiam o mundo do século XXI. Tudo isto foi dito no último Congresso Feminista Português, que se realizou em junho também em Lisboa, e onde o discurso inaugural da grande feminista Elina Guimarães na edição de 1928 foi evocado como um exemplo e uma vitória.

Hoje, a fundadora e líder do “Nem prostitutas, nem submissas”, Fadela Amara, é ministra das Cidades do governo Nicolas Sarkozy, e o próprio movimento atualmente presta consultoria à ONU. No fim do ano passado, como ministra de Estado, Fadela dirigiu uma mensagem de Natal aos franceses e francesas na qual usou uma célebre frase de Simone de Beauvoir, fundadora do feminismo moderno:

“Ser livre é querer a liberdade dos outros.”




Fonte: www.opiniaoenoticia.com.br

6 de ago. de 2008

[NEWS] E a polícia continua matando pelo Brasil


Polícia mata pelo Brasil

Paraná

13 de julho, Rafaeli Ramos Lima, de 20 anos, foi morta pela polícia no município de Porto Amazonas, a cerca de 80 quilômetros de Curitiba. Policiais disseram ter confundido o carro em que ela estava com outro veículo que estava sendo perseguido.

Rafaeli estava no banco do passageiro e foi baleada na cabeça. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O rapaz que dirigia o carro, Diogo Soldi, de 21 anos, levou um tiro de raspão e foi encaminhado para exames em um hospital de Curitiba.

Pernambuco

Maria Eduarda, 9, foi morta na sexta-feira, 18 de julho, em Recife. Era uma das cinco crianças de uma mesma família que estavam em um carro, um Palio, além do motorista, o engenheiro Márcio Malveira de Barros, 35, e sua mulher, a advogada Ana Virgínia Barros, 32.

Às 23h, o Palio foi abordado por um Vectra preto com dois assaltantes armados. Os bandidos queriam dinheiro e celulares. Quando estavam indo embora, chegaram dois PMs atirando no Palio. Maria Eduarda foi baleada no tórax. Também ficaram feridos Caio, de 6 anos, com um tiro de raspão nas costas, e Bruna, 11, atingida no rosto.

— Eles [Os PMs] foram logo dando tiro no carro, sem saber se tinha gente inocente. Eles queriam acertar, só que não sabiam em quem acertar — disse Barros, que levou um tiro de raspão na cabeça.

Abalada com a morte de Maria Eduarda, sua irmã Ana Virgína, de 11 anos perguntou:

— Como a gente se protege da polícia?

Maranhão

20 de julho, a menina Cristiane de Souza Silva,8, foi morta por um policial à paisana que atirou a esmo por ocasião de uma briga em Igarapé do Meio,375 km de São Luis. A população enfurecida com mais um crime cometido por policiais, incendiou a delegacia da cidade e libertou os presos


Fonte: www.anovademocracia.com.br

[AÇÃO] Nestas eleições não vote em ninguém!

17 de jul. de 2008

[SOM] Duhmall


DUHMALL mistura Metal, dub e música eletrônica. Um som bem piscodélico e experimental.
Formada por:
Malown- Baixo
Anjinho- DJ, efeitos e Samplers
Cameron- Bateria
Samir Bretas- Guitarra

4 de jul. de 2008

[VÍDEO] Skate Maringá

Vídeo produzido na Inauguração da Pista de Skate ao lado do Estádio Willie Davids, em Maringá-PR:

Para ver:


http://www.youtube.com/watch?v=8bvuWEPZsJg

Produção: Eletrons Bean Records
Edição: Bruno dos Santos e Digu Hang
Cinegrafistas: Bruno dos Santos, Digu Hang e Nelson Junior
Programas utilizados: Adobe Premiere, Adobe Photoshop, Adobe after Effects

3 de jul. de 2008

[VÍDEO] "O Idiota"

Vídeo em stopmotion com fotografias de ilustrações do artista Alex Badaró inspiradas nos "Versos Íntimos" do livro Eu de Augusto dos Anjos.

Trilha Sonora: Música "Ação e Reação"

Banda: Dedo Amarelo

Edição a 4 mãos:
Alex Badaró
Guilherme Mellic
Paula Velloso
Tainá Novellino

Para ver:


http://br.youtube.com/watch?v=j0SRQfgQFCM

19 de jun. de 2008

[AÇÃO] OUA - Organização da Unidade Africana (Parte 2)


40 anos não foram o suficiente para a OUA evitar os conflitos nem efetivar o desenvolvimento na região. Talvez por não punir os responsáveis, ao contrário da Commonwealth ou da ONU.
No entanto, ao manter esse espírito de
consenso e a tradição de uma presidência rotativa, decidida em cimeiras anuais regulares, a OUA conseguiu manter a imagem de unidade e de vontade de progresso que lhe rendeu apoio de varios blocos econômicos e políticos.
A OUA teve um importante papel na descolonização da África, não só pressionando a comunidade mas apoiando os movimentos de libertação, através do Comité Coordenador da Libertação da África.
A OUA teve sucesso também, na luta contra o "apartheid"
, conseguindo que aquele regime fosse internacionalmente considerado “crime contra a Humanidade” na Conferência de Teerão em 1968

18 de jun. de 2008

[AÇÃO] OUA - Organização da Unidade Africana (Parte 1)

OUA - Organização da Unidade Africana


A Organização da Unidade Africana (OUA) foi criada a 25 de maio de 1963 em Addis Ababa, Etiópis , por iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie através da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos de países africanos independentes. A OUA foi substituída pela União Africana a 9 de Julho de 2002.





Os objectivos da OUA, expressos na sua Constituição eram:

  • Promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos;
  • Coordenar e intensificar a cooperação entre os estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os povos de África;
  • Defender a soberania, integridade territorial e independência dos estados africanos;
  • Erradicar todas as formas de colonialismo da África;
  • Promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Diretos Humanos
  • Coordenar e harmonizar as políticas dos estados membros nas esferas política, diplomática, económica, educacional, cultural, da saúde, bem estar, ciência, técnica e de defesa.



Breve a Parte 2...

3 de jun. de 2008

[MATÉRIA] 27 anos da morte de Bob Marley

Pra quem curte o som do profetizador das palavras de Jah, Bob Marley, to postando um bloco com uma matéria que editei sobre os 27 anos da morte dele, para o Programa Credencial da Jany Lima, da Rede Massa-SBT no Paraná.



http://www.youtube.com/watch?v=jUFNCKHpGGk


Pra conhecer mais o Programa Credencial:
www.programacredencial.com.br