Ao apresentar o relatório “Crime de Ódio do Fim do Ano” (disponível na internet) para a Junta Policial de Hamilton em 19 de maio, o Sargento Michael Goch declarou que a polícia estará “monitorando ativamente” a feira de livros programada para o dia 6 de julho.
Alex Diceanu, tesoureiro de Ontário do Causa Comum respondeu: “Assim como o/as organizadore/as da anual feira de livros, e assim como o/as anarquistas e ativistas locais, o Causa Comum está profundamente preocupado com estas declarações”.
“Esta é uma manipulação das leis do crime de ódio para criminalizar o/as ativistas. Nestes tempos de crises econômicas e ambientais, acompanhado de um desengajamento político crescente, eventos educativos e de ativismo como a feira de livros deveriam ser encorajados, e não arrefecidos com vigilância”.
O relatório também identifica o encontro do G8 em 2010 (Huntsville, ON), a Olimpíada de Inverno de 2010, as “questões de recuperação de terras nativas locais”, o “movimento anarquista” e a “reação anti-governo e anti-instituição gerada pela crise econômica e a perda de emprego” como tendências e eventos que “talvez tenham impactos e repercussões significantes sobre a comunidade de Hamilton em termos de incidentes relacionados à propensão ao ódio”.
Pela primeira vez o relatório também inclui pichações e grafites que fazem menção à polícia, mesmo embora isto contradiga a própria definição do relatório sobre o que seria um crime de ódio.
Diceanu comentou: “Estamos preocupados que os recursos públicos destinados a investigar crimes de ódio estejam sendo focados sobre pessoas que estão tentando melhorar esta sociedade, defender à Natureza”.
A Feira de Livros Anarquistas não é uma ameaça à sociedade!
Ela é aberta ao público e a toda a família, oferecendo cuidados infantis sem custo e oficinas para crianças.
Aproximadamente 300 pessoas participaram da feira de livros do ano passado. Ativistas irão se reunir novamente para trocar literatura e outras formas de informação.
As oficinas na feira de livros tentarão abarcar questões enfrentadas pelos grupos marginalizados nomeados na legislação de crimes de ódio, incluindo os povos indígenas, grupos que sofrem preconceito racial, pessoas encarando barreiras de incapacidade e outros. Outras oficinas tratarão da crise econômica, justiça ambiental e organização no espaço de trabalho.
Os Princípios Básicos do Causa Comum declaram claramente que: “Nós não somente nos opomos a todas as manifestações de opressão como o racismo, o sexismo, o sectarismo religioso e a homofobia, mas também lutamos ativamente contra todas elas”.
“De fato, o/as anarquistas sempre procuraram entender e acabar com todas as formas de opressão em nossas lutas para criar um mundo marcado pela igualdade verdadeira, liberdade, paz e harmonia com a Natureza”, explica Diceanu.
Tradução > Marcelo Yokoi
agência de notícias anarquistas-ana
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