iversos documentos e referências de época comprovam o descontentamento de D. Pedro II com os resultados efetivos da política imigracionista brasileira em geral, e particularmente na província do Paraná. Visconde de Taunay, a respeito da tentativa frustrada de colonização russo-alemã afirma: A primeira entrada foi de mil trezentas e sessenta e seis pessoas, em 31 de dezembro de 1878, começando desde aí os abusos. Uma fazenda ajustada por três réis a braça quadrada, foi posteriormente paga a seis réi s. Amontoados na vila da Palmeira, sem possibilidade de se mexerem dali, pois lhes eram negados os meios de locomoção, levantaram-se afinal e exigiram repatriação, porquanto as terras que lhes impunham eram imprestáveis e más, conforme haviam verificado com instrumento de sondagem e reagentes químicos. (...) Houve necessidade de sustentar à custa do tesouro público milhares de bocas inutilmente por dois meses inteiros e fretaram-se afinal vapores para levar toda essa gente para Hamburgo.
Visconde de Taunay
O desgaste internacional provocado por tal episódio pode ter sido a causa principal para que o Imperador, preocupado em demonstrar que o Brasil oferecia condições vantajosas aos imigrantes, em relação à Argentina e aos Estados Unidos, tenha concedido terras a elementos considerados "nocivos" à ordem política dominante na Itália. Seria correto afirmar que tal medida constituiria considerável ganho diplomático e poderia, ao mesmo tempo, provar que nosso país era realmente capaz de efetuar política imigratória idônea. No entanto, tais interpretações carecem de um estudo mais aprofundado.
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Um comentário:
Legal esse blog...
Muito curiosa essa experiencia historica e anarquista no Brasil
Abraços!
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
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