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Na abertura do II Congresso Feminista Português, as primeiras palavras foram ditas pela jurista e escritora lusitana Elina Guimarães:
“Convencidas como nós estamos -- e é nesta profunda convicção que se baseia a nossa doutrina -- de que o homem e a mulher são equivalentes, como poderíamos, sem grave contradição, ter como ideal copiar o homem? Imitar alguém é reconhecer a sua superioridade. E a superioridade global do sexo masculino sobre o feminino não a reconhecemos nós. Uma verdadeira feminista não pode pensar em masculinizar-se porque se orgulha de ser mulher. Mas, para nós, ser verdadeiramente mulher não é, como para muitos, ocupar-se apenas de frivolidades, de bagatelas, ou então não ter no mundo senão a preocupação da rotina doméstica. Repudiamos tanto a boneca fútil como a serva embrutecida”.
Pode soar estranho o fato de uma reconhecida feminista precisar, antes de mais nada, deixar bem claro em um congresso como este algumas certezas que hoje estão, ou deveriam estar tão bem enraizadas no mundo moderno.
No entanto, a estranheza dá lugar à admiração quando se toma conhecimento de que o discurso de Elina Guimarães, que faleceu em 1991, foi feito em 1928 diante de uma platéia de respeitáveis senhoras d'além mar, integrantes de uma sociedade portuguesa profundamente marcada pelo arcaísmo patriarcal -- é assim ainda hoje; na época, nem se fala.
Sim, naquela época ainda era preciso que se fizesse ouvir algumas coisas que hoje soam como verdades auto-evidentes, que não precisam elas mesmas de explicação, e muito menos de discursos de abertura elucidativos. Assim, em 1928, o movimento feminista ainda tinha pela frente o árduo trabalho de convencer os homens e as próprias mulheres de que eles não são pessoas superiores a elas. Na época, ainda era preciso dizer ao mundo, com todas as letras, que a intenção do feminismo não era simplesmente imitar os homens.
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13 de julho, Rafaeli Ramos Lima, de 20 anos, foi morta pela polícia no município de Porto Amazonas, a cerca de 80 quilômetros de Curitiba. Policiais disseram ter confundido o carro em que ela estava com outro veículo que estava sendo perseguido.
Rafaeli estava no banco do passageiro e foi baleada na cabeça. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O rapaz que dirigia o carro, Diogo Soldi, de 21 anos, levou um tiro de raspão e foi encaminhado para exames em um hospital de Curitiba.
Maria Eduarda, 9, foi morta na sexta-feira, 18 de julho, em Recife. Era uma das cinco crianças de uma mesma família que estavam em um carro, um Palio, além do motorista, o engenheiro Márcio Malveira de Barros, 35, e sua mulher, a advogada Ana Virgínia Barros, 32.
Às 23h, o Palio foi abordado por um Vectra preto com dois assaltantes armados. Os bandidos queriam dinheiro e celulares. Quando estavam indo embora, chegaram dois PMs atirando no Palio. Maria Eduarda foi baleada no tórax. Também ficaram feridos Caio, de 6 anos, com um tiro de raspão nas costas, e Bruna, 11, atingida no rosto.
— Eles [Os PMs] foram logo dando tiro no carro, sem saber se tinha gente inocente. Eles queriam acertar, só que não sabiam em quem acertar — disse Barros, que levou um tiro de raspão na cabeça.
Abalada com a morte de Maria Eduarda, sua irmã Ana Virgína, de 11 anos perguntou:
— Como a gente se protege da polícia?
20 de julho, a menina Cristiane de Souza Silva,8, foi morta por um policial à paisana que atirou a esmo por ocasião de uma briga em Igarapé do Meio,375 km de São Luis. A população enfurecida com mais um crime cometido por policiais, incendiou a delegacia da cidade e libertou os presos
Fonte: www.anovademocracia.com.br